O “Conflito de Gerações” ainda é um problema a ser enfrentado?

O “Conflito de Gerações” ainda é um problema a ser enfrentado?

O “Conflito de Gerações” ainda é um problema a ser enfrentado?

Caros amigos da Laranja & Marranghello, o recesso forense acabou e é hora de retornarmos às nossas atividades com toda energia!  Aproveitamos este período para descansar, mas também para colocar o trabalho em dia, prospectar novas oportunidades, buscar novos conhecimentos ou fazer um pouco de tudo isso!

Recebi a Edição nº 172 da Revista Master, publicada pelo Conselho Regional de Administração do Rio Grande do Sul, sempre com assuntos interessantes, mas separei um deles para compartilhar algumas reflexões com vocês. O título do artigo é “Inspirações: a importância de referências no mercado de trabalho”, escrito por Jorge Avancini, Presidente do Sindaergs.

O texto é daqueles que eu gosto muito de ler! Vai direto ao ponto, permite a reflexão, tem uma opinião sobre o assunto, mas deixa espaço para as conclusões do próprio leitor. E este texto pretende seguir a mesma linha!

É um artigo sucinto, então vou apenas destacar algumas frases e convidar a todos para lê-lo.

 

http://api.crars.org.br/media/REVISTA%20MASTER-crars-1666893193511.pdf

 

O autor fala sobre a clara mudança no mercado de trabalho, que atualmente privilegia o conhecimento generalista, tecnológico e voltado às habilidades de convívio e relacionamento interpessoal (as chamadas soft skills), compara com o modelo anterior, que dava ênfase às aptidões voltadas ao desempenho específico de cada profissão (as chamadas hard skills) e relaciona com a mudança na faixa etária do povo brasileiro, que parece ir em sentido contrário: por um lado as empresas procuram profissionais com o “novo perfil”, mas temos uma grande quantidade de pessoas no mercado de trabalho que foram formadas no “antigo perfil”.

Esta contradição, defende o autor, é aparente, pois as empresas precisam se adaptar e criar um ambiente harmônico, buscando extrair o máximo de benefícios do convívio dos profissionais de diferentes gerações. A união “da experiência e o conhecimento do mais velho” com o “brilho no olho” do mais jovem é a melhor maneira de uma empresa prosperar, conclui.

 

Este assunto já foi discutido diversas vezes tanto nos Seminários da L&M, quanto nas entrevistas do Time 2 Talk. Ao ler o artigo, de imediato me coloquei na posição do profissional sênior (que é onde me encontro!) que se angustia ao perceber um mundo em rápida transformação. O conhecimento técnico acumulado ao longo da carreira e da formação profissional vai se erodindo com o tempo e é preciso estudar constantemente apenas para continuar fazendo o meu trabalho buscando manter o mesmo nível de produtividade.

Mas voltei algumas décadas e tentei lembrar do inicio da minha carreira e relembrei sobre Planos Econômicos, inflação desenfreada, mudanças de moedas, cortes de zeros e tudo o mais. O ambiente era caótico, a tecnologia primitiva se compararmos com a atual e nem sempre as coisas aconteciam da forma como planejávamos.

Neste momento a gente recorria aos mais experientes, os quais nos mostravam o caminho, afinal, eles já tinham passado por momentos semelhantes e haviam sobrevivido. Era reconfortante contar com eles, conduzindo o “navio” durante estas tempestades!

Faz um bom tempo que trabalho em equipes onde a maioria é muito mais jovem do que eu, mas tento agora me colocar na posição daqueles que me inspiraram, servindo como orientador, aconselhando nos momentos de dificuldade e muitas vezes apenas mantendo a calma durante as crises.

Vivemos um momento impar na humanidade onde as mudanças são a regra e não a exceção. A frase é conhecida. Os mais experientes não devem se intimidar com as novas tecnologias, com as ameaças das revoluções nas profissões ou com a concorrência dos mais jovens. Os mais jovens não precisam se angustiar ao se deparar com problemas que nunca enfrentaram, pois os desafios fazem parte da nossa vida.

A força de qualquer empreendimento humano está na união de todos, no encontro da experiência com a energia. O mais experiente auxilia o mais jovem mostrando situações vividas e quais as soluções encontradas (ou quais as que não funcionaram!) e o mais jovem aponta os novos caminhos, usando toda a tecnologia que está a disposição.

Não precisa existir o “Conflito de Gerações”, aliás, só busca conflito quem realmente deseja.

Uma boa retomada “pós recesso” para todos nós!

Links interessantes sobre este assunto:

http://www.crars.org.br/revista-master

http://api.crars.org.br/media/REVISTA%20MASTER-crars-1666893193511.pdf

 

Até a próxima leitura

 

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