Demissões em massa nas Startups brasileiras: a bolha estourou?
Como já sabemos, as startups são empresas jovens, geralmente ligadas à área da tecnologia, com crescimento agressivo e exponencial, e que se propõe a oferecer um produto ou serviço inovador. Normalmente quando falamos em startups a imagem é a dos chamados “unicórnios”, que valem mais de 1 bilhão de dólares e com um mercado projetado dezenas ou centenas de vezes maior.
As internacionais Uber, SpaceX, Dropbox, Airbnb e as nacionais, Hotmart, Mercado Bitcoin, Olist e Quinto Andar são os exemplos que vêm à lembrança. Jovens se tornam bilionários da noite para o dia na mesma velocidade que ideias se transformam em startups e startups se transformam em empresas que captam valores estonteantes em rodadas de negociação ou IPOs. Valores que empresas como a Gerdau ou a Randon levaram décadas para conseguir.
Como isso foi possível?
Durante anos as principais economias do mundo praticaram taxas de juros baixíssimas, algumas até mesmo negativa como a Suíça e Japão. Isso mesmo! Nestes países você depositava um valor na conta corrente e após um período o valor nominal era menor que o valor aplicado. Nada a ver com o Plano Collor, claro.
Até mesmo o nosso Brasil, conhecido por pagar generosas taxas de juros, flertou com a SELIC a 2% ao ano entre 2020 e 2021, para desespero dos advogados trabalhistas que representam os reclamantes.
Mas tudo acabou com a crise econômica gerada pela pandemia da COVID, o descontrole das cadeias produtivas geradas pelos lockdowns (principalmente na China) e a guerra na Ucrânia. Em poucos meses, aqui no Brasil, a SELIC saltou de 2% para 13,25%, e deve subir ainda um pouco mais, se nossas eleições forem bem-comportadas (alguém acredita nisso?).
Então, diante deste cenário, tudo mudou.
Onde os grandes investidores e fundos de investimento preferem colocar os seus valores? Em empresas que ainda não foram validadas pelo mercado e necessitam de grandes somas de dinheiro ou em renda fixa pagando 13% ao ano sem qualquer risco?
Uma startup é como um foguete cujo combustível é o dinheiro. Para entrar em órbita e obter sucesso é preciso que antes uma quantidade gigantesca de capital seja “queimada”.
E quando o capital migra para a renda fixa, o resultado é o que se vê. Sem o combustível dos financiamentos baratos, os gestores são obrigados a cortar custos e a folha de pagamento geralmente está no topo da lista das despesas a eliminar.
Este cenário ainda deve prevalecer ao longo de 2022 e 2023, no mínimo, e até o momento se parece mais como um ajuste em relação ao ciclo econômico do que o estouro de uma bolha como aconteceu em março de 2000. A diferença, de forma bem sucinta, é que os ajustes ao ciclo econômico são esperados, as empresas passam por dificuldades, mas se recuperam (pelo menos as mais saudáveis!) e nas bolhas a quantidade de empresas que desaparecem é enorme e o cemitério dos unicórnios pode ficar superlotado.
Alguns escritórios de advocacia estão se especializando para atender demandas de empresas de tecnologia ou empresas que usam a tecnologia de forma intensiva, então é preciso ficar atento para esta mudança no cenário.
Em tempos de recursos escassos e demissões em massa, áreas como Complience e Due-diligence, gestão financeira, tributária e trabalhista voltam a ficar em evidência e a L&M está preparada para auxiliá-los e apoiá-los.
Além disso, agora mais do que nunca, o Support Account faz-se necessário, pois muitas Startups são construídas ao redor de uma ideia inovadora, mas seus criadores não estão preparados para enfrentar os problemas jurídicos, contábeis e financeiros inerentes a todos os empreendimentos.
Muitos ainda não possuem a experiência em lidar com a escassez e podem tomar as decisões erradas ou precipitadas e necessitam de assessoramento. E sabemos que demitir dezenas de funcionários simultaneamente através de uma videoconferência só irá gerar um passivo trabalhista e má reputação no mercado.
Para saber mais sobre o Support Account da L&M:
https://laranja.website/support-account.php
Algumas notícias interessantes sobre este assunto:
https://forbes.com.br/forbes-money/2022/05/por-que-startups-brasileiras-tem-demitido-tanto-entenda/