Anos 2000: mudanças e desafios na perícia contábil
No último texto, contamos como a jovem contadora Cláudia Laranja Marranghello tornou-se perita contábil de confiança dos juízes, seguindo os passos de seu pai, Tomaz Laranja, a partir dos anos 1990. E assim ela seguiu assessorando quatro varas por muitos anos. Mas a concorrência chegou e novos peritos contábeis começaram a atuar no rol dos juízes.
Assim, em paralelo à perícia judicial, a Laranja & Marranghello Peritos Consultores passou a assessorar diretamente os advogados que representavam clientes e empresas. E essa nova frente tem garantido um amplo espaço de atuação para os peritos do escritório até os dias de hoje.
No início dos anos 2000, os advogados passaram a utilizar mais os serviços dos assistentes contábeis, pois visualizaram a importância da peritagem assistencial, desde o início do processo ou apenas para fazer os cálculos finais. Seus assistentes passaram a ser os peritos mais experientes, que já conheciam o sistema de trabalho do Judiciário. Com isso, o Judiciário passou a nomear peritos contábeis só em casos de grandes divergências ou quando as partes não possuem assistência.
Também os servidores da própria Justiça do Trabalho começaram a fazer os cálculos, os chamados “calculistas”. Os peritos levaram um “susto” com essa novidade, pois acharam que perderiam mercado, mas com o tempo ficou provada a importância de um olhar mais técnico e aprofundado do especialista na área.
Outro grande desafio para a perícia contábil neste período de transição dos anos 2000 foi a necessidade de investimento em tecnologia, pois os processos eram cada vez mais complexos e necessitavam de muitos dados entrecruzados, principalmente aqueles de uma empresa com muitos colaboradores (plúrimos). E fazer esse salto tecnológico – sem repassar custos maiores para os escritórios – também tornou-se um grande desafio. “É grande o investimento feito pelos profissionais da perícia contábil para oferecer o melhor serviço. O perito contábil precisa dominar a área contábil e a legislação e contar com o suporte tecnológico para fazer seu trabalho de forma assertiva e rápida”, comenta Cláudia.
Dessa forma, os anos 2000 trouxeram uma mudança de foco na Laranja & Marranghello Peritos Consultores, fazendo com que o trabalho fosse cada vez mais voltado para a perícia assistencial realizada diretamente aos advogados, cada vez mais informatizada, mas sempre com o olhar humano sobre o processo e a expertise dos peritos Tomaz Laranja e Cláudia Laranja Marranghello.
Nesse período, Bruno, o filho de Cláudia e José Marranghello era um menino que estava no ensino médio e fazia também suas escolhas profissionais. E aí começa a história da terceira geração de contadores na família. Mas este é o assunto da próxima semana.